sábado, 31 de dezembro de 2016

niente lontano

E quem sabe nesse novo ano
Que amanhã começará,
Exista alguém, niente lontano
Que me amará.

E assim talvez aconteça
A tal reciprocidade.
Então, antes que anoiteça,
Vou recordar da claridade.

Alguém para amar;
Eu estou à procura!
Mas não sei como dosar
Para poder tomar a cura

Dessa falta, e desse desassossego
Que tanto este ano me mataram,
Quase meu coração dizimaram
E quase o furaram com um prego.

São tantos caminhos passados,
E o amor a gente nunca sabe ao certo.
São esses sentimentos pesados
Que se abrigam em corações desertos.

E ao passo que o sereno evapora,
E a aurora diz adeus às estrelas,
Tento as dores, talvez, escondê-las.
Mas qual dor ao amanhecer vai embora? 

Fabiano Favretto



2 comentários:

  1. Ah, o amor...!
    O importante é juntar os cacos e seguir em frente. Sempre há esperança.

    Feliz Ano Novo!
    Beijos.
    Blog: *** Caos ***

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    Respostas
    1. Sempre há.
      Depois de "dar o primeiro tapa" no amor,
      a gente vicia.

      Feliz ano novo, Helena!
      Muitas poesias e felicidades.

      Beijos,
      Fabiano Favretto

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