terça-feira, 30 de abril de 2013

O amor devassamente não mais existirá

Estava sem ideias para escrever um poema e um amigo meu (Neto) me deu uma ideia: "Escreva o poema que um marinheiro do século 18 estava escrevendo pra sua mulher antes do navio afundar". Ideia dada, tentarei escrever. Aí vai:



Súbito e vulgo palpita
O coração consternado
De um homem que abdicou de seus tesouros.

Envolto em irrefragável dor
Meiamente lhe redijo
Primícias e achadegas palavras.

O amor não lhe mais acoutarei
E de vós terei alforria
Permanecendo em morte degredado.

As ondas do bergantim levarão a ti
As palavras desse abistentado e afortunado sonhador.
E o amor devassamente não mais existirá.


Espero que tenha ficado bom. Foi um desafio grande escrever com palavras antigas e diferentes (rsrsrs), mas com certeza valeu a pena pois foi uma nova experiência, e além disso pude aprender novas palavras. (:

Fabiano Favretto

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cotovelo

Doia cotovelo
Todavia,
Todo o tempo,
Quando Olivia
Passeava
Em passo lento
Na avenida.

Berenice só ciumes
Eterno azedume
Cotovelo latejando
Quando Olivia vai passando
Deixando ao ar
O seu perfume.

Olivia coitadinha,
Nem sabia da inveja.
"Berenice" ela chamava
-"Te amo irmãzinha!"

Berenice se envergonha
E ciúmes já não tem.
Se tornou moça sensata
Não inveja mais ninguém.

Olivia só percebe com inveja
As qualidades da irmã.
Doía à tarde doía à noite.
Doía o cotovelo de manhã.

Berenice caminhava
Na avenida animada.
E Olivia em segredo
Na janela suspirava.
E com sua dor de cotovelo
À tarde em passo lento
Na avenida passeava.

Fabiano Favretto

terça-feira, 23 de abril de 2013

Fascination


 Ai está uma letra de musica que acho muito massa:



Fascination


Quando resto solo con te
io più non mi sento padrone di me,
ti vorrei parlar, ti vorrei baciar,
ma ti guardo solo negli occhi, sognando.

Cosa tu mi dici, non so,
cosa fai di questo mio cuore, non so,
ho bisogno sempre di questo mistero,
sol per te così vivrò.

Cosa tu mi dici, non so,
cosa fai di questo mio cuore, non so,
ho bisogno sempre di questo mistero
sol per te così vivrò!





achei aqui:

terça-feira, 16 de abril de 2013

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Estrelas

Estes pontos brancos no céu
Reluzindo em brilhos individuais.
Algumas não mais existem.
Porém seu brilho não se deixou apagar.

Gosto de olhar as estrelas
Elas contam segredos para mim
De um eu que desconheço.
Quantos são os grãos de estrelas
Neste mar de constelações?

Fabiano Favretto

sábado, 6 de abril de 2013

Três chapéus

Tenho três chapéus. Um de palha já meio surrado, mas que já presenciou muitas pescarias e modas de viola em noites enluaradas, bem como também amparou o trabalhador em dias ensolarados e quentes. O outro chapéu - talvez o mais antigo - já foi usado em várias ocasiões. Um chapéu de tecido preto com risca de giz, bonito e excêntrico, porém ao mesmo tempo elegante. Agradeço à minha irmã por este presente. O terceiro chapéu é o mais novo. O comprei de uma cigana que tinha muitos objetos estendidos sob um pano colorido e estampado. Feito de um material leve que não sei de onde veio. Provavelmente é somente mais um chapéu feito em larga escala. O experimentei olhando na janela de vidro de um banco, ao qual na frente a mulher vendia suas mercadorias. Formidável aquisição ela disse. Assim espero. Três são os chapéis que eu tenho. Muitas são as situações em que fiz uso deles. Quando virá o chapéu número quatro?

Fabiano Favretto

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Demasiada Curta

É a escada que te leva para baixo.
Antes fosse a que te elevasse.
Da próxima vez pego um elevador.

Demasiado curto
É o tempo que te resta.
Antes fosse o que passou.
Da próxima vez quebro o despertador.

Demasiada curta
É a sua vontade.
Antes fosse sua preguiça.
Da próxima vez peço-lhe por favor.

Demasiado curto
É a minha compreensão.
Antes fosse meu desentendimento.
Da próxima vez pergunto ao professor.

Demasiada curta
É a sua presença.
Antes fosse sua ausência.
Da próxima vez sentirei o seu calor.

Demasiado curto
É o que não sinto por você.
Antes fosse a saudade.
Da próxima vez ofereço meu amor.

Fabiano Favretto