quarta-feira, 30 de abril de 2014

Abril

Vai-se embora plácido
O mês de abril:
Neste tempo flácido,
Silencioso e febril.

Cala-se de uma vez
A preguiça despontada.
Eis que chega um novo mês:
Trará energia renovada?

Sepulta-se nesta noite
Este mês já finado.
Na madrugada em deleite
Nascerá mês de maio.

Fabiano Favretto

terça-feira, 29 de abril de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Maré

 /  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/      \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/ Caiu \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/    \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ Na_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/      \_/ \_/  \_/  Rede,  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/    \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_É  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/      \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/     \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/      \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ |><Meme|º>  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/   \_/  \_/  \_/   \_/ \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/ \_/   \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  \_/  

Fabiano Favretto

terça-feira, 22 de abril de 2014

Pêndulo

Controverso
E sonolento,
Canta um verso:
Um soneto!

Vagaroso.
Mal compassado.
Perigoso.
Ultrapassado.

Louco a girar
No próprio eixo,
Torna a badalar
Tom imperfeito.

Caixa de madeira.
O coração é de metal.
Pulsa vida quase neutra
No seu visor de cristal.

Doze horas
São marcadas
Onze barras
São soadas.

Meia volta
E volto a esmo.
Volto à rota
Meio tenso.

Meu relógio de pêndulo 
Se arrasta tempo a fora.
Meu viver tão ingênuo
Acabou-se por hora. 

Fabiano Favretto

segunda-feira, 21 de abril de 2014

domingo, 20 de abril de 2014

sábado, 19 de abril de 2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Ponteio na Viola

Ontem me arrisquei e fiz um vídeo ponteando na viola.
Não é grande coisa, nem está totalmente correto o ponteio,
porém não me preocupo:
Importante mesmo é divertir-me.


Fabiano Favretto

Cheia

Não escondendo
Seu brilho,
A lua
Continua
Cheia de si.

Fabiano Favretto

quarta-feira, 16 de abril de 2014

segunda-feira, 14 de abril de 2014

domingo, 13 de abril de 2014

Horizonte

Minha perspectiva de vida
Não precisa
De dois pontos de fuga.

Fabiano Favretto

Anônima

Lua lua,
Porque não tens nome?
Calisto,
Ganimedes,
Todas usurpam sua anonimidade.
Lua lua,
Somente adjetivos
Em suas fases finalmente te nomeiam:
Cheia de graça!
Esperançosa, é Minguante.
Crescente de angústia.
É Nova fase que chega.

Fabiano Favretto

Pulga

Tenho uma pulga
Atrás da orelha,
Bichinho de estimação.
Me deixa em dúvida
A tarde inteira:
Devo abrir meu coração?

Fabiano Favretto

sábado, 12 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Linha

A trama 
Da vida tecida,
Era trançada
Trabalhosamente
Nos Teares
Transcendentes
Do tempo.

Fabiano Favretto

Crônicas de um Caipira #7

- Ô véio! - Grita dona Edviges
-  Fala, véia! - Responde seu Severino
- O que ocê vai trazê pra bóia?
- Tava eu pensando cá, pra querê í pegá uns peixe lá no açude!
- Má nem pensá! Tô injuáda dos pêxe! Quero comê ôtra coisa. - Fala dona Edviges em tom indignado.
- Vo caçá arguma coisa então. Lá pela tardinha eu tô de volta!
- Tá bão, véio.. Mas nada de caçá pomba e rã! E se ocê vortá cum pexe, vo quebrá tudus dente que ocê tem !
- Êita véia! Carma, carma! Vo traze uma bóia bem das boa pra nós jantá! Inté mais!

Seu Severino sai com sua espingarda cartucheira e um borná, e logo começa seguir o carreiro em direção à mata. Adentrando cada vez mais em mata densa, seu Severino recarrega a espingarda e para um momento.

"Acho que é mió eu pará cá à essa árve pa mode eu ficá de tocaia.." - Pensa seu Severino

O tempo passa e começa a anoitecer, mas seu Severino ainda não havia caçado nada. Devido à monotonia, seu Severino adormece!

CRACK!  BAAM! - um barulho aos pés de seu Severino assusta-o fazendo com que o mesmo atire para cima.

- Êta nossa! Já tá di noite e eu não cacei nada ainda!

Enquanto seu Severino recarrega sua espingarda, eis que uma coisa cai do galho da árvore logo acima de sua cabeça.

- Ô diácho! Que porcaria é essa? Meu Santo Agostinho! É um cóbra.. e grande! Pra não dizê que que num cacei nada, vo levá pra casa..

Seu Severino pega a cobra com dificuldade, e tenta colocá-la no borná, porém a cobra é muito grande.

- Vish Mainha! Vó ter que cortá esse bicho!

Com sua peixeira, seu Severino corta a cobra pelo meio e coloca a metade não atingida pelo tiro dentro do borná.

- Agora o jeito é í pra casa.. A véia já déve tá lôca!

Com dificuldade, seu Severino carrega o borná com a cobra, mas se apressa para sair da mata.

- Êita fome da moléstia! Inda bem que tô chegâno!

Dona Edviges avista seu Severino e vai em seu encontro, recebendo-o em tom severo:

- O véio, pur que demorô tanto? E o que ocê tem aí dentro do borná?
- Dá uma oiadinha, véia!
- Crédo em cruz! Ave maria! É uma cobra! Ocê tá loco? - Pergunta dona Edviges assustada.
- Ocê não queria uma bóia? Intão.. eu truxe uma JIbóia! HAHAHAHA

 Dona Edviges dá um tapa na orelha direita de seu Severino, que rodopiando quase cai ao chão.

- Issu é procê aprendê a não fazê gracinha! E trate de jogá fora essa cóbra, e bem longe! - Adverte dona Edviges.

Seu Severino joga a jibóia próxima a uns pés de fumo e ouve dona Edviges gritar:

- Agora vâmo entrá, purque a cóbra vai fumá!

Mas seu severino antes de dar meia volta para seguir para dentro de casa, em tom sério pensa consigo mesmo:

"Vai fumá nada! A jibóia ta morta!"


Fabiano Favretto



Gota

O tempo é goteira
No telhado de nossa vida.

Fabiano Favretto

terça-feira, 8 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ponto

Pontes ligam
Duas pontas
E apontam
Sobrepostas
Em direções
Opostas.

A travessia
Às avessas
Interseta
E apressa
Quem na certa
Atravessa-a.

O encontro
É no ponto,
E ambos prontos
Em grand'encanto
Já caminhando
Vão se abraçando.

Fabiano Favretto

1º ato

Não há platéia
Que eu perceba
Mais singela,
Do que as estrelas
Em noite clara.

E não há palco
Que eu veja
Mais bonito,
Do que o Universo
O infinito.

Fabiano Favretto