Para minha amiga Aline Pinup
Era tanta vontade,
Era tanto tesão,
Que parecia um furacão:
Muito mais que tempestade.
O Gin derrubou em seus seios,
E eu queria tanto neles beber!
Embora eu soubesse o que fazer,
Estava procurando os meios.
E quando ela se esfregava,
Meu coração tinha arritmia.
Queria aquela mulher naquele dia
Para saciar a sede que me afogava.
E ela muito me provocava,
E ah, ela sabia como fazer.
O que estava para acontecer
Tenho certeza que ela suspeitava.
Não estava suportando esperar
Para ter aquele corpo junto de mim,
Pois ela exalava sensualidade, enfim
Eu desejava na cama com ela estar.
Entre as quatro paredes,
Ela deixou que eu agisse:
Como um caçador nada disse,
Não acreditava ser realidade.
E que relevos fantásticos,
E que curvas! Nelas me perdi.
Tudo aquilo que eu vi
Me traziam desejos atávicos.
Arranquei tudo o que bloqueava passagem,
E sua forma pura então observei.
Esperando, na hora certa ataquei
E a possuí, com pensamentos de sacanagem.
Foi uma briga de fato consentida,
Onde corpos brigavam contra a distância.
Na boca dela não encontrava relutância:
No seu corpo fazia do branco cor colorida.
Foram tantas idas e vindas
Numa união de dois corpos incandescentes,
Sabendo que não seria diferente
Traçamos estradas de forma lenta, não corrida.
Quando chegávamos ao êxtase,
Somente sobrava a nossa respiração.
Pulmões ofegantes, de antemão
Mostravam definitivo estado de catarse.
Quando faltaram as energias,
Nem o vinho ou lúpulo adiantaram:
Apenas necessidades ficaram
Para recarregar nossas baterias.
Noite a dentro avançamos
Nesta disputa louca de satisfação.
Embora seja vazio o meu coração,
Naquela noite, estou certo que amamos.