terça-feira, 30 de junho de 2015

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Seresta

Para Suelen:

Seresta, serenata
Esta que faço
Para a amada
Sem embaraço

Juntando os pontos,
Traçando retas
Tecendo contos
Para as bocas certas

Para que estas cantem
Os beijos do ar,
E para que beijem
Este duplo cantar

Das bocas entrecruzadas:
A minha e a sua,
Fazendo charadas
Para a cinza Lua

Que pálida vela
O nosso amor bonito
E que apenas ela
Nos mostre o finito,

O finito desta noite
Fria e que voa
E que o bravo açoite
Puna o vento que ressoa

Remediando a falta
Da tua presença perfeita
E conserta a ausência alta.
O coração se ajeita

Ao procurar seu nome
Nas estrelas do céu
Ao saciar minha fome
Dos seus beijos de mel.

Fabiano Favretto

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Não te esqueças que eu te amo.

Não te esqueças que eu te amo.
Escreva num papel e prenda na geladeira
Para lembrar-se que te amo.
Não se trata de uma simples brincadeira.

Não te esqueças que eu te amo.
Amarre um lacinho em seu dedo,
Para lembrar que eu te amo.
Não haverá mais medo.

Não te esqueças que eu te amo.
Estarei sempre a te esperar.
Pois quando eu digo que te amo,
Amarei até a minha vida findar.

Não te esqueças que eu te amo.
Estarei sempre a te amar.
Pois quando eu digo que te amo,
Vivo somente por te amar.

Fabiano Favretto

terça-feira, 23 de junho de 2015

Broca

Astro-lábio
Mede
Céu-da-boca
Para ver
Estrela-cai-dente.
Logo,
Cárie-o-meteoro.

Fabiano Favretto

Bastam

Seus olhos já me bastam
Para me mostrarem,
Que sou dono do maior amor do mundo.

Fabiano Favretto

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Meu amorzinho

Escreveria seu nome
Nas nuvens se possível,
Mas nome este que onde
Escrito, é perecível,
Prefiro dizê-lo assim,
Com calma e baixinho.
Sem pressa de chegar ao fim,
Complemento - "Te amo meu amorzinho".

Fabiano Favretto

sábado, 20 de junho de 2015

Seriamente

Te amo seriamente,
Com este amor, com o que se ama.
Amor este, de verdade
Se proclama,
Não somente se diz;
É amor destes que há amor
E que amando se é feliz.

Fabiano Favretto

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Às vezes

Às vezes
Me acho burro,
Incoerente.
Quase Fabiasno.

Fabiano Favretto

Perfume

O perfume das flores
É inferior ao seu aroma
E melhores são os sabores
Quando seu mel a minha boca toma.

Fabiano Favretto

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Refém

Fez de meu coração refém,
Mas não pediu resgate pelo mesmo.
Assim me fizeste bem
Prendendo-o forte, forte mesmo!

Fabiano Favretto


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Inconstâncias

O que de mim posso dizer ser constante
São simplesmente minhas inconstâncias.

Fabiano Favretto

Defenestrado

O frio que eu sentia na alma,
Era por ter deixado aberta a janela.

Fabiano Favretto

Frio

Eu tinha saudades do frio de Curitiba,
Mas não desse frio de minha alma.

Fabiano Favretto

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cerol


Cruzam-se os palitos,
E a linha trançada delineia a armação.
Simpatia de malandro e a textura da seda
Preenchem os espaços definidos pelo fio.
Pica-se a sacolinha de mercado,
E prendem-se as fitinhas no fio.
Rabióla grande está pronta.
Faz-se o compasso
E envergam-se as arestas superiores.
Anexa-se a rabióla ao corpo
E prende-se a linha ao compasso.

Após tudo pronto,
Atenta-se ao vento
E ao menor farfalhar das árvores
Dá-se vida e espírito à pipa.

Levanta vôo, mas no céu,
Pipa sem cerol é presa fácil.
Segundos após estar nas alturas,
Percebe-se a pipa indo embora.
Moleques correm atrás aos brados e risadas
Na esperança de resgatar a pipa que cai.

O menino nada diz: 
Somente olha
Triste, pálido
O céu
Ao recolher a linha,
Enrolando-a
Na lata de achocolatado.

Fabiano Favretto

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Farei amor

Farei amor
Com um amor já feito.
Feito é o meu amor.
Amo o amor eleito.

Amar a amada,
Amando que se ama.
Amor, poesia declamada;
Amor feito na cama.

Fabiano Favretto


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Não entram

Meus olhos olham e olham
Mas meu cérebro não se importa.
Apenas fragmentos inúteis restam.
As informações batem e batem na porta.
Insistem, insistem - mas não entram.

Fabiano Favretto

Invenção

O que alguns chamam de desespero,
Eu chamo de sublime tempo de invenção
Onde na vida criam-se temperos
para evitar uma tragédia, decepção.

Na verdade, se o desespero é presente,
A tragédia já fez-se como causa.
Mas a decepção é ainda ausente
Se a falta de esperança não me arrasa.

Fabiano Favretto

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Açucarada

Seus lábios já beijei
Uma delícia açucarada.
E de mel me lambusei
Louca fome saciada;
Em ti eu me joguei
Não esquecerei de nada.

Fabiano Favretto

Esconde-esconde

Poesia,
Por que és assim?
Não deverias
Esconder-se de mim!

Fabiano Favretto

sexta-feira, 5 de junho de 2015