segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ode

I

Oh, mar azul!
Faz-se em tons matizes
E a procissão de corações
Tão navegantes
Insiste em prosseguir,
Mesmo que os Ventos do Destino
Enlaçados às Ondas do Infortúnio
Abalem todos os corais
Arquitetados de confiança.

II

As pedras na praia
Jamais estarão fatigadas,
Assim como as ondas
Jamais estarão para serem
Serenas e doces.
O beijo mais azul
Há de precipitar-se
Em momento sublime
Na linha uniforme
Ao qual chamamos de 
Horizonte.

III

Cardumes de peixes
Fazem-se verdadeiras constelações.
Na penumbra,
Os barcos ao longe
Como pirilampos,
Encontram-se abraçados
E esvoaçados
Sobre a superfície
Aveludada e imprecisa do acaso:
Venturança e Fortuna..

IV

Como és gigante,
Oh Mar!
És colosso fluido
E cristalino.
És sal;
És vida;
És tudo, e contudo,
E sobretudo,
És mais que tudo.

Fabiano Favretto

4 comentários:

  1. Quantas poesias bonitas Fabiano !!! Gostei muito daqui!

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    Respostas
    1. Fico muito grato, Camila!
      É muito bom escrever,
      mas é melhor ainda quando
      falam-me que está bom o que
      escrevi!

      Volte sempre que puder!

      Abraços,
      Fabiano Favretto

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  2. Una oda al placer de sentir el mar en toda su majestuosidad.
    Un abrazo

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    Respostas
    1. Exato!
      O mar:
      Ou ama-o ao todo
      Ou não o ama.

      Abraços,
      Fabiano Favretto

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