sábado, 11 de julho de 2015

seis meses

Crepúsculo de sexta feira na gelada capital paranaense. Caminhando por ruas encharcadas e de marquises irregulares, atravessei a distância de seis meses.
Recordei das diversas vezes quando andei por aquelas ruas - seis meses.
Durante o trajeto chovia. Era uma chuva rápida e chata, até ouvir o estrondo do primeiro trovão, o qual trouxe dramaticidade àquela noite - seis meses.
A inquisição me aguardava. Não era santa nem profana. Era laica, completamente imparcial até mesmo à minha vontade de ir pra casa - seis mesess.
Provaria à mim mesmo se era capaz de não perder todo aquele tempo - seis meses.
Ao menos chovia e a fogueira da culpa não poderia ficar acesa - seis meses.
Em uma noite chuvosa seria decidido tudo o que havia passado - durante seis meses..

Fabiano Favretto

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