quarta-feira, 30 de julho de 2014

Soneto de Fim de Julho

Os pássaros são completos ausentes
Nestas ultimas manhãs de julho.
Com certo receio e orgulho,
Esperam do Sol alguns raios nascentes.

Dos dias passados só restam lembranças,
E os últimos tempos estão gravados no peito.
Faltou no hospital da vida o leito
E no soro da vida a esperança.

O tempo ousa avançar,
E dançando nas lacunas do espaço,
Este mês há de acabar.

Não finda na vida este velho cansaço,
E nunca haverá de findar.
Caberá do tempo no peito um pedaço?

Fabiano Favretto

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