segunda-feira, 14 de julho de 2014

Caos

Sólida. Impassível.
Um verdadeiro muro
Separando dois grandes exércitos.
Meu front e minhas forças abaixo vieram
(Des) Motivados pelas forças
Da sua resistência.

Um inverno de gelo.
Um inferno de gelo em seu sorriso.
Nem por isso
Desejei menos seus lábios.
Mãos solitárias,
Solitárias e errantes estão.
Mãos, guias minhas
Tão pobres, podres,
Miseráveis e desnorteadas:
Me deixem contigo fazer aliança!
Deixem-me colocar em ti uma aliança,
E prometo assim,
Ou Prometerei enfim,
No fim
Que tudo será para sempre.
Pelo menos por enquanto.
E seus olhos instigadores,
Gananciosos,
Prepotentes e mesquinhos
Que ousam não fitar-me,
Transcrevo-os como
Espelhos de angústia,
Sofrimento e desesperança
(desesperança minha):
Nunca mais os encararei.
Que venham as trevas,
E em sua ausência,
O caos.

Fabiano Favretto

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