terça-feira, 1 de julho de 2014

Gaiola


O canário 
Na gaiola preso 
Canta sua sonata de dor.

Instigam-no 
À  medida do tempo 
Esquecer o seu amor.

Nas grades frias
De uma gaiola enferrujada
Sofre a ave de frieza.

Gorjeando queria
Que aquela quem amava
Viesse tirar-lhe a tristeza.

Não há mais notas 
Para melodias felizes
Nem para o pio n'alvorada

Não há mais nenhuma rota, 
Mas sim cicatrizes 
E a esperança no peito guardada. 


Fabiano Favretto

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