sexta-feira, 4 de março de 2016

Insetos e aparatos eletrônicos.

Formigas, míseros insetos
Na mobilidade urbana crucial,
Fazem formas no concreto
Do nosso tempo digital.

Nosso tempo digital e virtual
De um contar irrefragável,
Esquece da lei não-habitual
E do menor detalhe formidável.

Somos incólumes e tristes insetos
Em exoesqueletos de tipo eletrônico.
Somos os mais torturantes restos
Da forma, do simples, e do único.

Fabiano Favretto

4 comentários:

  1. Perfeito, Fabiano. Irretocável, gostei de cada palavra, mas notei agora que você tem escrito menos, um tom um pouco mais triste...

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    1. Obrigado, J!
      Realmente escrevi menos.
      Passei por alguns episódios complicados e tristes,
      sem falar da falta de tempo rsrs.
      Poesias tristes fazem parte do hipocondrismo poético
      que às vezes sinto.
      Acontece.
      Contudo, pretendo escrever mais.
      Abraços, J!

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  2. Nem me fale, nem me diga... Fico pensando que sou uma poeta de mentira justamente por rimar minhas verdades, mas talvez seja como dizem "eu sempre vou preferir a verdade, se vai doer ou não, é só comigo" E continue escrevendo, eu vivo dizendo que vou parar e cá estou, eu sei que não é fácil pra gente. Agora mesmo ando obcecada em encerrar o blog até o dia 23 quando ele completará um ano, veremos.
    Abraços.

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    1. Se é uma poeta de mentira, ouso dizer que você mente muito bem! rsrsrs
      Mas é cedo para encerrar o blog. O meu fez 4 anos em janeiro, 17.
      Não pare de escrever!
      Abraços,
      Fabiano Favretto

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