domingo, 3 de novembro de 2013

Ainda me perco em seus olhos

Por serem labirintos profundos.
Por profanarem a fé que tenho em mim mesmo.
Por derrotarem-me como o predador faz com a caça.
Por inebriarem-me como o vinho faz com o jovem.
Por serem o portal para o Éden.
Por tornarem-me incapaz de agir.
Por prenderem-me como a jaula faz com animal feroz.
Por aniquilarem o meu sentimento de culpa.
Por abarrotarem o meu senso de direção. E finalmente,
Por serem a chave onde encontro felicidade.

Fabiano Favretto

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