quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Para a ruiva que vi no Santidade Café terça 17/12 às 19 horas

Uma rosa despetala-se,
Um canário cai morto ao chão.
A noite vem de antemão,
E seus olhos não calam-se:

Me contam mais do que querem,
Mas dizem menos do que deviam.
Entre os dedos, meus olhos te espiam
Mas não os deixo completamente te verem.

Como és feiticeira apenas por existência,
Se nao tive coragem de te dirigir a palavra?
O ruivo cabelo de eterna permanência

Que em minhas retinas imagens grava,
Fez querer ter contigo algo além da ciência,
Algo além da imensidão como te figurava.

Fabiano Favretto

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