Vejo o papel turvo em minha frente,
E a caneta - instrumento do próximo milênio;
O seu complexo manuseio, precisa de um gênio
Para poder assim escrever algo diferente.
Me falta a coordenação motora,
E minha ideias morrem rápidas demais.
Poderia eu reclamar dos meus ais,
Mas me afundei na garrafa redentora.
E com essa vontade que havia de escrever,
De quando bêbado senti rapidamente surgir,
Agora sóbrio da poesia, tento transcrever.
Porém a sobriedade está a me coagir,
Para que eu possa meu vício entender:
Bebo mais poesia do que o álcool possa presumir.
Fabiano Favretto
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