Que nenhuma boca se cale por força,
Que nenhuma boa ideia seja suprimida.
Que os campos ainda tenham flores
E que a liberdade seja garantida!
Que o fraco seja fortificado,
E que o faminto não passe fome.
Que a força seja somente um estado
Para avivar a liberdade do homem!
Que nenhuma intervenção possa prender
A voz que a nós é garantida:
Não poderão para sempre repreender
A voz que em nosso peito está contida!
Que os canhões atirem ferro e brasas,
E que o estouro seja alto e derradeiro!
Poderão atirar todos, mas não cortar as asas
De quem tem voz e alma de guerreiro.
Que nada altere o direito
De falar o que o pensamento instiga...
Poderão eles querer nos calar, com efeito,
Mas sabemos que acabará em briga!
Que nenhum grito se contenha
Por forças externas em represálias.
O brado da liberdade se engenha
Porque a dor já não é necessária.
Fabiano Favretto
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