No cemitério de Mendoza
Vi decadência
Atômica
Sísmica
Humana.
Pombas (não da paz),
E um túmulo com suculentas
Mostram vida
Onde hoje não têm.
Covas novas
Assassinatos velhos.
Prisão eterna e
Justiça não-feita.
Cuadro 33
Quem sabe
Quem encontraremos?
Ao pé dos Andes
O silêncio dá tregua
Pelo vento nas velhas persianas
Pelo riso dos coveiros
Pelo bater de asas distantes.
Ouço passos,
Ecos nas galerias subterrâneas.
Quanta gente
E quanta história:
Apenas nós
E gente nenhuma
À brecha da luz diurna.
Fabiano Favretto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.