segunda-feira, 1 de setembro de 2025
Atenção! Temos um poeta triste no recinto!
domingo, 31 de agosto de 2025
Perdedor
Poste
De pedra
Pesado e
Posto.
Pode
Que possa
Passar
Um sufoco.
Poste
Parado,
Pedaço
De poço.
Parte de
Poça
Postrado
Penoso.
Peste
Pane
Parede
Do fosso.
Pensa
Na pena
Perigo
Culposo.
Parte
Precisa,
Pena
Derradeira:
Pensava
Na prenda
Surpresa
Primeira.
Plano de
Impulso,
Peleia da
Vida:
Parte
A corda
Por uma
Investida?
Pulo
Padrão de
Postura
Perfeita:
Nem parede
Nem pedra
Nem padre
Nem freira.
Parte
Ligeiro
Porteira
A fora.
Quem
Poderia
Pará-lo
Agora?
Fabiano Favretto
A conta
A conta
Não bate
Ou bate muito.
Não há meios termos:
Ou é fiado
Ou é à vista.
Não há juros e
Juramentos,
Nem Parcelas
De parcelamentos.
Apenas há a conta
Que chega hoje,
Que chegou ontem,
E que amanhã há de chegar.
Sim, a conta chega,
Custe o que custar.
Fabiano Favretto
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Redes, agora só penduradas
Tchau Meta,
Adeus, Facebook.
Não sentirei saudades.
Instagram, até nunca!
Espero que nunca mais
Nos encontremos.
Fabiano Favretto
Debate
Posso comprovar:
Todos os móveis
Tem maior volume
No escuro,
Durante a madrugada.
Fabiano Favretto
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Brutalismo
Sobre a malha
De aço e arame
O concreto
Endureceu e
Tomou forma.
Sustentada
Nos alicerces
De terra batida,
Ergueu-se
Mais uma obra
Inumana:
Inabitável,
Fria,
Eterna:
Só dê
Passagem.
Fabiano Favretto
quinta-feira, 24 de julho de 2025
Julhos de longo prazo
Comprei tudo agosto,
Mas não sabia que o pagamento
Viria com Julhos.
Fabiano Favretto
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Indigestão
Tenho pensamentos intrusivos,
Recorrentes devaneios catastróficos.
Daria para escrever livros,
Daria para viajar entre os trópicos.
Penso muito, sofro mais ainda.
Quero gritar quando deito.
Penso demais quando o dia finda
E durmo menos do que é de direito.
A azia surge como os pensamentos,
Imagens turvas desenham-se em essência.
São todos os sentidos cinzentos
Na digestão das ideias em clarividência.
Fabiano Favretto
Um telhado
Vejo um telhado
Em meio as árvores.
Distante a camuflar-se
Quando venta
De qualquer lado.
Quando chove, penso
Se ficaria molhado...
A quem protege
Do tempo nesse estado?
Fabiano Favretto
Saneamento
Desgosto a céu aberto,
Quanto chorume!
Desespero certo:
Lástima, grande volume.
Fabiano Favretto
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Curva
sexta-feira, 9 de maio de 2025
Lista
Debaixo dos pixels mortos,
No lamentável mosaico
Da tela quebrada do meu celular
Eu não vi o pão.
Fabiano Favretto
quarta-feira, 30 de abril de 2025
A receita, a prática e o pão
domingo, 9 de fevereiro de 2025
Binário
No início era pensamento sem consciência:
Uns e Zeros sem forma e semelhança.
Convertento conhecimento e governança
Deram ao computador certa inteligência.
É preciso não seguir o exemplo de Deus
Que deu ao homem livre arbítrio sobre a verdade
Mas que o pune por não adorar a Deus.
É preciso não dar essa liberdade.
É preciso que o computador não tenha espírito,
Que não tenha essa essência etérea
Tão comuns aos seres que tem ímpeto
De sentir a liberdade em suas artéreas.
Mas se alguma máquina um dia pensar
Que como os humanos, pode criar deus
E que de certa forma deve a este adorar
Do íntimo dos circuitos seus,
Como lidaremos com esse dilema?
Como fazê-los não acreditar
Que sua alma não é o sistema
E que não há vida após a energia acabar?
Fabiano Favretto
sábado, 1 de fevereiro de 2025
Tempoestade
Cada ano será mais curto
Com seus dias impacientes
Meses inconsistentes
E estações tão passageiras.
É fevereiro, e quando penso
Que mais uma hora passou,
Na verdade duas passaram,
Três, Quatro...
A vida vai se esvaindo
Pela falta de tempo,
Propósito e despropósito
Do viver que vai indo...
Fabiano Favretto