Há uma ironia na ausência
Que somente no vazio é traduzida:
Seja no jejum da existência
Ou da simples condição não existida.
Encontra-se no vácuo o sentido
Daquilo que esteve e não mais estará.
A fome, o prato nunca repetido
E a ânsia que viria e não virá.
Estava sendo enquanto alheio,
E seria-me mais, não estivesse ausente;
Não denota-me mais nada nesse meio:
A inexistência é o futuro do presente.
Fabiano Favretto
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