Exasperado e impaciente
Desejo passar agora os dias que não vieram,
Pois meio que inconsciente
Eu sinto que não vivi nem os dias que passaram.
O tempo é meu Karma
E o medo do amanhã é presente;
Ora, qual a grande arma
Para matar o tempo de hoje e sempre?
Sinto agora a minha boca amarga,
E o peso ainda é grande sobre os meus ombros.
Muito me foi tirado em escala larga
Deixando em mim somente escombros.
A brevidade da vida me assusta
E a morte tem andado a passos largos.
Como poderia eu, de forma astuta
Encarar a realidade sem tomar uns tragos?
Fabiano Favretto
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