sábado, 29 de outubro de 2022

Manhã

Uma ânsia me sobe a garganta

Nauseando-me sob as sombras.

Olho pela fresta da porta

E a vida lá fora é estranha.


Olho as pessoas em suas essências

E tão assustadoras elas me parecem.

Subo degraus em minha consciência,

Mas na realidade, degraus minhas pernas descem.


Depois de amanhã pode ser melhor

Ou depois de amanhã podemos não ter nada.

O mundo tornou-se assustador,

Tenho medo dessa ignorância tão celebrada.


Fabiano Favretto

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