À Alcir Zanini, meu amigo.
Tenho um velho corvo
Que caga em minha cabeça,
Não posso fazê-lo que me obedeça:
Está se tornando para mim, um estorvo.
O corvo não é sombrio igual ao do velho Edgar,
Nem inteligente quanto o da fábula de Esopo.
É um corvo malandro, e de certa forma escroto
Que me faz ter vontade de matar!
Há, porém, tanta discórdia que ele propaga,
E na minha cabeça grita todavia, alto:
Sempre, sempre! E depois de sobressalto
Se discordo dele, o malandro, caga.
Pássaro prolixo e maldito!
Não sei de que maneira aqui chegaste,
Se da fauna brasileira tu não faz parte!
Dentro de minha cabeça, vivo com esse eterno grito:
Sempre!
Sempre!
Sempre!
Sempre!
Fabiano Favretto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.