Vivo mais uma terça-feira sombria
A qual devora vorazmente minha alma;
Antes fosse somente cinza, bastaria!
Mas é insistente em me tirar a calma.
Terça dos becos sujos e garoa fria,
Dos vales tortos por onde ando.
Do desespero que em mim recria
Os pesadelos que vem galgando.
Nesta terça não tenho fé, nem luz.
Não tenho força e não tenho medo.
Tenho somente essa minha cruz:
Terça feira em seu obscuro segredo.
Fabiano Favretto
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