quinta-feira, 10 de novembro de 2022

A redução de um verme à sua própria essência

Se resume a um verme. Aliás, se resume a um ser menor que um verme. Em sua insignificância de conteúdo e moral, se enquadra como o pior dos micróbios, alguém - ou algo - que em sua mísera e irrelevante consciência, acredita ter discernimento sobre o que é o certo ou errado.

E que ser preconceituoso e antiquado! Tão obsoleto em costumes quanto uma planária. Um verdadeiro parasita, se alimentando do que pouco lhe restou de esperança. Teria pena se ele merecesse. Mas assim como uma praga ou vírus, essa excrescência merece ser exterminada, ser erradicada da face da Terra. Ao menos apodrecendo alimentaria as larvas e daria vida às moscas.

Me pergunto se um dia alguém o amou verdadeiramente, pois ele não é merecedor de amor algum. Ele é capaz de afastar qualquer um que esteja próximo, pois acha que as pessoas o tem por perto somente com interesses, mas ele nada tem a oferecer. Seria ele uma câmara de vácuo ambulante, repleto de vazio interior? Ou um reflexo moribundo de uma alma de esgoto, a qual acaba externalizando tudo o que é medonho através de sua voz ou atos?

Para ele, eu desejei a morte. Porém a morte não é suficiente, a morte é pouco. Eu desejaria o pior dos castigos, o tártaro eterno, a aflição secular, a dor perene, o caos certeiro, mas eu descobri que a sua própria existência é a mais dura pena, que a justiça se dará pelas suas próprias mãos. Hei de fazê-lo desejar morrer, mas ele não irá. Hei de fazê-lo pedir perdão, mas o perdão não o encontrará. Hei de fazê-lo perceber que como o ser miserável que é, estará eternamente fadado a ser ele mesmo, repleto de ignorância, medo, culpa e remorso. Para haver qualquer mudança deste ser, já é tarde demais.


Fabiano Favretto