Para Kauane
As histórias da terra
E seus olhos castanhos
Não soam estranhos:
São flechas numa guerra.
Não fosse esse mar de gente
Ou essa falta de serenidade,
Talvez a tua (ou minha) ansiedade
Não fosse tão aparente.
Há quem diga que o tempo nos mate,
Há quem diga que o vento nos chame.
Há laços que pelo sangue desatem,
E laços alheios para que se ame.
Olhos, me olhem ou me enganem!
Tens aquilo que em meu peito brame.
Fabiano Favretto