Que regurgita
E não se cansa,
E que se agita
E se encanta.
Gospe-conchas.
Come poesia:
De minha azia
Só debochas.
Engole minha casca
Pilantra-polímere-poética.
Mas com essência efêmera,
Afoga e engasga.
Leva meu cadáver
Mas deixa minha arma?
Leva meu revólver
Mas deixa minha alma!
Leva o que é matéria
E tudo o que atrapalha.
Deixa somente a poesia
No tapete incólume da praia.
Fabiano Favretto
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