Eu, mestre da desistência,
Torno-me no dia-a-dia
Por motivo de minha essência
O verme mais medroso,
Sem a víbora sabedoria
E dono de um penar canceroso.
Eu, poeta do desequilíbrio,
Dono do medo em singularidade
Julgo qualquer tola dificuldade
Ser a razão para a perda do brio.
A desistência da complexidade,
Julgar-me tolo à luz do saber.
Precisar, desisto de verdade!
Não preciso o motivo compreender.
Eu, desertor assíduo da luz,
Sou servo da rotina sagaz
Onde a estagnação reluz
E a falsa felicidade traz.
Ai de mim se publicar estes versos!
Sinto medo do que possam pensar;
Podem ser pensamentos perversos.
Pode ser. Desisti de contestar.
Fabiano Favretto
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