Ando um tanto escasso,
Deste meu tempo
Sem algum alento
Em todo meu espaço.
Ando por andar,
E ao andar tenho ouvido
Que esse coração vivido
Não para de retumbar.
Os trovões que quebram
Em meu peito carregado,
São os mesmos - agrado
Lamentam, me desesperam.
Há a máquina dos mortais
Que se alinha sobre nossos sapatos;
Gira o mundo, criam-se ratos
Verdadeiras legiões fatais.
E no subsolo da vida,
Este porão repleto de incertezas,
Armazeno as minhas tristezas
E dor reprimida.
Ando um tanto escasso,
Deste meu tempo,
Sem algum alento
Em todo meu espaço,
E na despensa das eras,
Não tenho nada mais
Do que me compraz:
Solidão. Deveras.
Fabiano Favretto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.