Fruto do tempo vagaroso,
És o martírio dos desesperados,
Que com gestos, sons afobados
Caem em furor vertiginoso.
Qual mãe das mais graves úlceras,
É a causadora de toda minha insanidade;
Pois a cabeça, baú da calamidade
Transforma-se na mais inútil das víceras.
Do amor tem-se feito dura inimiga,
E os corações, afligido aos montes.
Mas quem vence todas as brigas,
E ao final corre e pula das pontes?
Quem entoará as velhas cantigas
Esperando a resposta da fonte?
Fabiano Favretto
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