Hoje nenhum poema
Foi capaz de decifrar-me;
Tanto que precisei escrever-me
Para que eu mesmo me entenda.
Não que sejam poucas as palavras
Ou que os versos não rimem,
Mas como antes já não vivem
E minha língua nada mais lavra.
Fogo vivo, fogo fátuo
Mas meu peito não queima;
É feito de puro vácuo.
Mas ainda teima,
E escreve, de fato.
Então, onde amor reina?
Fabiano Favretto
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