quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Perverso

Nesta noite chuvosa,
Destas que nenhum'alma sai,
Tive uma sensação trevosa

Que agora lentamente se esvai.
Após arrepiar os meus cabelos,
O andar de minhas pernas me trai

Pois meus fantasmas (temo vê-los),
Andam me sussurrando:
Falaram para não mais temê-los.

Mas continuo andando
Em passos a cada vez mais ágeis
Minha velocidade vou aumentando.

São medos intermináveis
Do místico, oculto e sobrenatural,
Onde soluços intermináveis

Causam-me quase espasmo fatal.
O perverso anda a espreitar-me,
Estou a fugir de todo o mal.

Fabiano Favretto

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