Eu, homem insignificante,
O mais desprezível dos seres,
Atraído por vontade secante
Sucumbo à uma vida de desprazeres.
Como se não bastasse o desprezo,
Está o amor a flagelar-me
Iniciando com sentido coeso
De vez essa fase a humilhar-me.
Análogo à esta queda de conjuntura
Estão os cupidos delinquentes a me flechar.
Meu coração já pobre, em penúria
Está sozinho no chão a se arrastar.
Pior do que um verme podre,
Está esse meu papel ante a sua vida.
Sem valor, nem sequer atitude
Prevejo mais uma futura recaída.
Esganiçado percevejo delirante
Sem dignidade e sem calma;
Me tornei um vagabundo errante
Sem paz, sem saúde, sem alma.
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