Asas de gesso a zelar.
Qual a textura fria e lânguida
Onde as dores cândidas
Estão sempre a evitar?
E a atroz matemática,
Operações deste instante;
Faz-se da cadência constante
Uma desmedida apática.
Os vôos, o cálculo puro
Na poética de uma boca
Da qual doçura pouca,
Faz esquecer-me do futuro.
Gesso, asas. Voo.
Quebrei lá no alto,
Quando solo, um salto
Deixou medo novo.
Fabiano Favretto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.