Mas será que desmancha
O meu castelo de areia?
E será que me encanta
O canto da sereia?
Para onde vão as ondas
Para onde vão as ondas
Ao som da arrebentação?
Vão sós e sem delongas
Para a arrebatação?
O vento é que tem a culpa,
O vento é que tem a culpa,
Ou são as ondas egoístas?
Levam dos frutos da vida a polpa,
E da mente palavras otimistas.
Onda pastora das conchas,
Onda pastora das conchas,
Neste terreno infértil habitado.
Da vida difícil debochas
Mas teme ao lembrar o passado.
Mas quando chega a noitinha,
Mas quando chega a noitinha,
Podem soprar os fortes ventos.
A força que vês é só minha
A maré vem servir de alento.
É mesmo forte
É mesmo forte
A maré que a noite chega:
Mas com grande sorte,
Ela vem e me aconchega.
Nesta fria madrugada,
Nesta fria madrugada,
Restam conchas e detritos.
E na areia encharcada,
Sofre o meu coração aflito.
Fabiano Favretto
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