Eu sou só o vácuo
Que nos ocos ossos habita.
Eu sou o frio receptáculo
Desprovido de fé e vida.
Eu sou o vazio sujo,
Eu sou a tristeza profana;
Eu sou corvo cujo
Parecer de morte declama.
Eu sou somente o pó
Jogado ao vento do norte.
Eu dou na corda o nó
Aceitando minha ingrata sorte.
Fabiano Favretto
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